quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Duas faces da Lua

Nos meus trabalhos costumo destacar a dualidade do divino. Isso aparece de maneira forte no culto a lua cheia e a lua negra. nesse texto Osho mostra a importância de se enxergar as diferentes manifestações da divindade.
"Durante séculos Deus tem sido interpretado como luz, por causa de nosso medo da escuridão. Não que Deus seja apenas luz: ele é tanto luz quanto escuridão.

Deus tem de ser as duas coisas; do contrário, a escuridão não existiria. Deus tem de ser o mais baixo e o mais alto, matéria e mente. Deus tem de ser o todo, e o todo contém os polos opostos. Deus não pode ser apenas luz.

É por causa de nosso medo do escuro que nunca pensamos em Deus como escuridão. E nos aproximar de Deus por meio do medo não é certo. Deus deve ser abordado sem medo, em amor profundo.

Se você olhar com medo, projetará seu medo. Verá coisas que não existem e não verá coisas que existem. Sem medo, você olha com absoluta clareza. O medo é como fumaça a sua volta, como nuvens. E Deus só pode ser visto com clareza, clareza absoluta, incondicional, e nada mais.

Deus, portanto, é as duas coisas - tanto luz quanto escuridão. Ele é tanto verão quanto inverno, vida e morte. A dualidade desaparece, e uma tremenda unicidade desperta em sua visão.

O dual nos prende, e só podemos ser libertados pela unicidade. Como dizia Plotino: "A busca por Deus é um voo do só para o só".

Comece a ver a escuridão também como divina. Comece a ver tudo como divino, porque tudo é divino, quer saibamos disso, quer não, quer o reconheçamos, quer não. Nosso reconhecimento é irrelevante - a existência é divina. Se reconhecemos isso, nós nos regozijamos; se não reconhecemos, sofremos desnecessariamente."


Osho, em "Meditações Para a Noite"
Imagem por shaggy359

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Qual o real poder das Bruxas?

É importante refletir sobre o assunto, uma vez que a maioria das pessoas é levada à bruxaria por idéias enganosas. Muitas vezes estimulados pela ficção, que difunde de maneira exagerada o que acontece nos rituais. E ficamos com idéias glamurosas sobre a magia, mas a realidade não se parece com um clip da Lady Gaga.
Primeiro é preciso esclarecer que nós do pilares praticamos a bruxaria com enfase na parte religiosa, e não na produção de efeitos ou obtenção de favores. Porém mais cedo ou mais tarde (geralmente mais cedo), as pessoas procuram meios de utilizar os conhecimentos que obtemos para obter aquilo que desejam. E qual o problema nisso? Não há problema nisso, mas é comum se enganarem no COMO fazer.

Primeiro que a parte religiosa não precisa necessáriamente fazer parte disso para que haja sucesso. Existem e existiram muitos magistas que sabiam como se utilizar de forças diversas para facilitar determinadas situações em suas vidas, utilizando-se ou não de uma premissa religiosa. Seus livros são notáveis e de fácil obtenção com o advento da internet. Embora o esforço para obter as informações válidas para o objetivo específico possam trazer um trabalho maior do que fazer as coisas sem tal amparo.
Através dos anos pude observar como as coisas funcionam, e muitas vezes nos decepcionamos com os desfechos. Temos muitos desejos, alguns até bons, mas muitas vezes as coisas não saem bem como esperamos. Isso acontece pois nós não temos poder sobre as forças que evocamos, elas não estão sujeitas a nós, nós é que estamos sujeitos a elas. Ao realizarmos nossos rituais, comungamos com uma determinada energia, ela faz uma determinada transformação e se vai. Não temos como controlar que tipo de transformações são essas. Pude sentir isso bem forte estudando mantras, o mantra de Kali é totalmente incontrolável. De fato ao utilizá-lo os efeitos foram rápidos e vi coisas que eu queria manter mudarem, mas depois de um bom tempo pude ver que foram muito positivas essas mudanças. Então é de suma importância que ao mantermos o nosso trabalho, refletir sobre como essas energias podem atuar em nós e procurar manter a harmonia pois quanto mais equilibrados mais fácil lidar com as mudanças que nos aguardam.
Para quem ja é iniciado e mantém o trabalho de culto com frequência, recomendo dar especial atenção na hora de montar o altar. Pois como canal de ligação com os deuses o que colocamos nele está ligado a como a divindade se manifesta e o que atraimos dessa forma.
Como foi dito em uma palestra sobre sacerdócio, "a verdadeira iniciação é concedida pelos deuses, isso pode acontecer muito antes ou depois da iniciação formal".

sábado, 7 de maio de 2011

Ano novo, Roda nova!

Acho que dispensa-se comentários do quão maravilhoso foi este ritual e como fez tanta diferença para todos. Parabéns Familia Pilares da Terra! Que se abram os portais! Que o ciclo comece!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Esbath - Lua de Sangue




A Lua de Sangue é a antepenúltima Lua Cheia do ciclo anual, é uma das 13 Luas Druídicas. Nasce em Abril, sendo a primeira Lua Cheia antes de Samhain. 
Ela é associada à cor vermelha e nos tempos antigos marcava o período de abate dos animais e o armazenamento de comida para a estação do inverno que estava por vir. Como a primeira geada não está muito longe, as plantas logo desaparecem da terra, e a carne toma-se a maior fonte de alimento durante o inverno. É a Lua que celebra a ancestralidade, a fecundidade, o sangue menstrual e a maternidade.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Samhain, parte 2: nosso ritual


Galera, Will falando de novo! Bom, pros que chegaram agora, no post aqui de baixo eu dei uma breve explicação sobre o Samhain e etc. Agora, vamos nos atentar para o nosso festejo. Segue:

"... pois tudo que começa, um dia tem de ter seu fim, para enfim, recomeçar outra vez... SAMHAIN, VEM !"

Oi a todos da família Pilares da Terra! Na minha primeira postagem no nosso blog, vou falar sobre um dos festejos mais importantes da Roda do Ano e que, a propósito, está cada dia mais próximo: o Samhain.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Aula do dia 03/04

Nesta aula, como complemento ao curso de cristais, falamos sobre os chacras e suas ramificações. Foi Falado sobre os chacras do raís até o laringeo. Foi falado também sobre as correspondências dos chacras com o corpo (como região ou glândula). Trabalhamos também com alguns sons para desenvolvimento dos chacras. Na próxima aula terminaremos o tercero olho e falaremos do coronário.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Ano letivo recomeçando


Atenção queridos neófitos!
No próximo domingo, dia 03 de Abril de 2011, nossa família retomará as aulas de praxe, que acontecerão na praça do basquete (rua de trás da prefeitura de Nova Iguaçu), às 15:00H.
Abrangeremos alguns temas já mencionados e outros saindo do forno.
Nosso irmão Faunus continuará as aulas sobre cristais, Ariman dará início aos princípios comportamentais da magia, Willbert falará sobre os padrões e praticas ritualísticas e Lugh falará sobre as mancias.

Não se esqueçam, a aula começará impreterivelmente às 15H, não se atrasem ou perderão matéria. Quem quiser, leve um caderno de anotações (o que é sempre bom ter por perto).

Que os Deuses nos abençoem! Ayea, Ayea!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Lua linda Lua

Acho que todos, principalmente os pagãos, tem algum momento em que se deparam com a beleza hipnótica da lua. Sua cor e seu brilho, nos fazem pensar no valor desse mundo, e na energia que nos cerca. Mais do que uma simples pedra no céu, a lua nos convida a olhar para dentro de nós, dela e do mundo.

As fases da lua tem características muito interessantes, e é bom saber para aproveitar sua energia em prol de nossos objetivos mágicos. É importante uma diciplina para acompanhar o ciclo da lua, pois assim vc "internaliza" a energia da lua. Com isso vc se torna cada vez mais sintonisado com os ciclos da naturesa, e pode usufruir melhor de suas energias. O mais comum é a celebração de Esbath de lua cheia, poucos se aventuram a celebras as demais fases da lua, muitas veses por acreditar que essa ou aquela traz uma energia que "não é saudável". Bem vamos as características: leia mais >>

quinta-feira, 17 de março de 2011

O Mabon


Na Tradição Celta, Mabon é o segundo dos três Sabbats da colheita.

A Deusa está agora fortemente impregnada pela energia do cada dia parte mais rápido para o País de Verão. Conforme o poder diminui, a Deusa lamenta sua partida, mas Ela sabe que o poder retornará à Terra em Yule. A Deusa e o Deus são honrados através oferendas da segunda colheita. É o momento de agradecer diante das colheitas e o maravilhoso ano de aprendizado e lições.
Mabon ocorre em 20 de Março no hemisfério Sul. Nesse momento dia e noite são iguais. É o momento de equilíbrio e balanço, mas as sombras começam a dominar a luz. associado com o interior do chifre, um dos símbolos desse Sabbat, a proteção da colheita.
Nesse Sabbat a Deusa lamenta o seu consorte que está partindo para o Outro Mundo, mas a mensagem de renascimento pode ser encontrada em cada semente colhida, que é o próprio Deus que se sacrifica para alimentar seu povo. É um tempo positivo para caminhar nas florestas, colher plantas e ervas mágicas para serem usadas no Altar. Pão de milho e cidra são bons elementos para fazer parte dos rituais e folhas de outono são ótima deco­ração para o Altar.
Os Druidas honravam o salgueiro nesse Sabbat, a árvore associada à 
Deusa e à morte, e cortavam seus bastões do salgueiro somente após Mabon. 

O Deus está se preparando para a morte em Sambam e a Deusa está entrando em seu aspecto de Anciã; entretanto, seu aspecto de Virgem está 
impregnado nas sementes do Deus. 
Muitas festas que celebram a colheita ocorrem em países rurais; o Dia da Ação de Graças é um deles. As plantas, árvores, flores e ervas que estão asso­ciadas com Mabon são a aveleira, o milho, o álamo, bolotas, galhos de car­valho, folhas de outono, ramos de trigo, cones de cipreste, cones de pinheiro.

Mabon é um período positivo para honrar os Ancestrais e o Espírito da 
Terra. 
Os Deuses associados com Mabon são todos aqueles relacionados ao 
vinho e às colheitas. É dada muita ênfase à Deusa em seu aspecto de Mãe e 
muitas vezes Modron (a mãe de Mabon) é honrada.



Nesse período da Roda do Ano, duas lendas mitológicas são apro­priadas: Mabon e Modron (celta) e a história de Perséfone (grega).
Mabon é um antigo Deus celta que simboliza os princípios masculinos da fertilidade. E o nome galês do Deus da mocidade, a Divina Criança, que os Druidas acreditavam estar dentro de todos nós. Ele é uma criança do Outro Mundo, nascida de pais terrestres, que desai5areceu em sua terceira noite de vida. 

Para os celtas celebra-se a lenda de Mabon ap Modron, ele é o filho jovem, a juventude divina, o filho da luz. Mordron é a Grande mãe, a própria natureza. 3 Dias depois do seu nascimento, Mabon, é raptado. A Sua mãe Modron chora… no entanto Ele regressa novamente no mundo mágico de Modron, o seu ventre, (a Terra), para tornar-se numa nova semente. Esse é um lugar nutridor e encantado, mas ao mesmo tempo repleto de desafios, para que Mabon possa nascer através de sua mãe como campeão, o filho da Luz. Mabon é salvo quando aprende a sabedoria dos mais antigos e sábios animais sagrados, o melro, o cervo, a águia, a coruja e o salmão.


A lenda de Cerrydwen também é comum nesta época por ser a Deusa da transformação De uma certa forma, Gwion, (“ O Brilhante”), representa o Sol que é “engolido” pela noite que se estende com a chegada do Inverno. Ele surge do mar como o do “Fronte Luminoso” do Sol, nos primeiros dias do verão em Beltane .
No nosso ser interior, Gwyon representa a nossa essência, que se manifesta por uma luz brilhante. O nosso “Eu” pessoal gira a volta da luz no centro de nosso ser, como a Terra gira em volta da orbita solar.
A morte e o renascimento de Gwyon, como poeta vidente, evocado nos rituais de iniciação nas escolas dos mistérios no fim da antiguidade, onde o aprendiz descia ao reino da Grande Deusa, que recebe o espírito dos mortos e lhes concede uma nova vida.

Equinócio de Outono - A segunda colheita


No próximo domingo, 20 de março de 2011, estaremos, com alegria, celebrando o 2º Festival da Colheita da Roda do Ano, o Equinócio de Outono. Neste momento, celebrando a colheita mais farta e madura do ano. Quando a terra nos entrega seus frutos como recompensa do plantio nas estações anteriores. Além disso, também ficamos atento, nesta época, à colheita dos frutos dos nossos atos. Tudo que plantamos durante todo esse tempo estará sendo colhido nas conseqüências de nossos atos. Celebraremos a penúltima festa da roda deste ano e nos prepararemos para a última colheita e para o período da escuridão.
O Equinócio de Outono também se refere a lendas de histórias de romance e heroísmos, como Hades e Perséfone e ao Mabon Celta.


Alguns materiais utilizados neste ritual:


Incensos: benjoim, mirra, sálvia, flor do maracujá e papoulas vermelhas.
Cores das velas: marrom, verde, laranja, amarela.
Pedras preciosas sagradas: cornalina, lapis-lazuli, safira, ágata amarela.
Ervas ritualísticas tradicionais: bolota, áster, benjoim, fetos, madressilva, malmequer, plantas de sumo leitoso, mirra, folhas do carvalho, flor do maracujá, pinho, rosas, salva, selo-de-salomão e cardo.



Preparem suas cestas, preparem-se para as colheitas!


Ps.: O Equinócio de Outono será comemorado no dia 20/03, às 17:30 H, na Praça do Obelisco em Nova Iguaçu.

terça-feira, 15 de março de 2011

Um novo e atrasado início


Desde muito tempo existe um desejo e uma necessidade de se estabelecer um circulo pagão de práticas e ensinamentos espirituais na região da baixada fluminense. A maior parte dos círculos e covens são provenientes de lugares distantes e, por vezes, inacessíveis à população interessada das áreas da periferia do Estado. E por essas razões, dentre outras, nós decidimos começar, em Nova Iguaçu, essa família, essa união de conhecimentos e boa vontade para levarmos, cada vez mais, o conhecimento da Mãe-Terra e um conforto a quem precisa em seu coração.
Essa idéia é antiga, já que quase não grupos de estudos e apoio pra seguidores dessa filosofia religiosa na reunião da Baixada Fluminense. Então pequenos grupos de estudos de diferentes filosofias decidiram se reunir para o apoio mútuo. E graças a esta união, hoje nós temos essa família: Pilares da Terra.